A aceitação da existência de uma arte legítima, de uma educação legítima, de uma “cultura legítima” já se mostrou uma atitude idealista catastrófica, por ser o resultado de um sacrfício mítico praticado pelos dominadores e representado como espetáculo artístico aos dominados num rito de expropriação, consagração e legitimação da partilha desigual das propriedades naturais e dos fluxos culturais disponíveis.
O ar da graça inspirado pela presença do ancião Manoel de Oliveira no sexto ciclo de Sentimentos do Mundo me despertou para um aspecto sobre as terras e territórios indígenas e quilombolas no Brasil bem como para o enfrentamento da questão pelas Ciencias Sociais.
Existe uma dominação linguística que discrimina a partir de um discurso da diversidade um arquétipo que na prática inferioriza as subjetividades dos individuos negros ou pertecentes aos povos originários do Brasil de modo a não reconhecê-los com capacidades iguais de intelecto e aptidões para a prática cultural no mundo modernamente civilizado.
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